O câncer de bexiga é um tumor que tem origem nas células que revestem internamente a bexiga. Geralmente afeta adultos após os 50 anos de idade, embora possa ocorrer em qualquer idade

CAUSAS

O tabagismo é a principal causa em nosso meio, seguida de exposição a produtos químicos arsênico e produtos químicos utilizados na fabricação de tintas, borracha, couro, têxteis e produtos de pintura.
O carcinoma de células transicionais é o principal, embora também possa existir outros como o adenocarcinoma ou o carcinoma de células escamosas, ambos bem mais raros.

SINTOMAS

– Sangue na urina
– Aumento da frequência urinária
– Dor ao urinar
– Dor abdominal
– Dores ósseas
– Perda de peso

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico em geral é feito pelo ultrassom do trato urinário seguido de exames de urina como a citologia (pesquisa de células tumorais) na urina e o exame endoscópico da uretra e da bexiga – cistoscopia.

TRATAMENTO
O tratamento, quando o tumor encontra-se limitado ao revestimento interno da bexiga sem infiltrar a parede muscular da mesma, geralmente se resume a uma boa ressecção endoscópica do tumor seguida de tratamento com medicamento aplicado semanalmente na bexiga durante 6 a 8 semanas para diminuir as chances de recidiva do tumor.
Quando o tumor passa invadir a parede muscular da bexiga, em geral o tratamento indicado é a retirada total da mesma com a exteriorização da urina em uma bolsa parecida com uma colostomia ou, em casos selecionados, com a substituição da bexiga nativa por uma nova bexiga feita com uma porção do intestino do próprio paciente. Importante ressaltar que o ideal é não deixar o tumor chegar nessa fase e, sim, tratÁ-lo enquanto ainda não invade o músculo da bexiga.
Mesmo os pacientes tratados com ressecção endoscópica da bexiga, em que não há a necessidade de retirar todo o órgão, o acompanhamento médico frequente e muito vigilante é importantíssimo porque, mesmo que o tumor não se torne invasivo, a recidiva dos tumores superficiais de bexiga ocorre em até 70% dos pacientes tratados.
Também é extremamente importante ressaltar a necessidade de abandonar o mau hábito de fumar, mesmo que o paciente já tenha desenvolvido o câncer de bexiga. Isso diminui um pouco a chance de recidiva e diminui a chance de progressão, ou seja, de o tumor se tornar invasivo.