A Doença de Peyronie pode ser caracterizada pelo desenvolvimento de placas fibróticas na túnica de revestimento dos corpos cavernosos. Assim, ocorre dor e uma curvatura anormal do pênis, dificultando a ereção devido às alterações provocadas. Apresenta maior incidência em homens acima de 40 anos, afetando cerca de 5% da população deste sexo.
Estudos apontam como uma doença de múltiplas causas, sendo, no entanto, alguns casos associados a fatores familiares e autoimunes.
Atualmente, aponta-se como fator relevante a ocorrência de traumas microvasculares consequentes a traumas no pênis em ereção em indivíduos predispostos.
O quadro clínico se caracteriza pelos seguintes elementos:
Em uma pequena parcela de casos, as placas desaparecem espontaneamente, sem que haja a necessidade de tratamento, em até 18 meses. Em outros casos, opta-se pelo uso de drogas que agem no metabolismo das células produtoras da fibrose visando melhorar a dor, curar ou estabilizar a doença. No entanto, na grande maioria das vezes, o tratamento com medicamentos orais e injeções na placa não apresentam bons resultados.
Caso haja persistência do problema, com prejuízo da atividade sexual, o paciente é encaminhado ao tratamento cirúrgico, que possui efetividade comprovada. São diversas as técnicas disponíveis. Porém, procuramos, sempre, avaliar cada caso individualmente para a escolha da melhor técnica.
Nos pacientes com indicação de prótese peniana devido a disfunção erétil e com Doença de Peyronie existe a possibilidade de realização do aumento real do pênis. Podemos, assim, alcançar, na cirurgia, um ganho de até 4cm, na dependência do comprimento do feixe vásculo nervoso que conecta a glande à base do órgão.
O diagnóstico é basicamente clínico, através da consulta que inclui a história e o exame físico. Portanto, destaca-se a importância de um um bom diálogo, com o esclarecimento de todas as dúvidas do paciente. Principalmente porque normalmente, ele se encontra preocupado e bastante angustiado com todas as incertezas que cercam esta patologia. Além disso, em alguns casos, há a necessidade de realização de exames como a ultrassonografia do pênis.